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Insetos e Doenças: Como as Pragas Afetam a Saúde Humana

Num mundo cada vez mais interligado, a relação entre insetos e doenças ganha destaque, especialmente quando se trata da nossa saúde.

Mas, afinal, que insetos podem provocar doenças em seres humanos?

Insetos e Doenças: Uma Conexão Intrínseca

Diversos insetos podem atuar como vetores de doenças, transmitindo agentes patogénicos durante as suas atividades. Mosquitos, moscas, carraças e pulgas são alguns dos principais vilões nesse cenário. Estes insetos podem transportar e transmitir vírus, bactérias e parasitas, resultando em diversas doenças.

Moscas, mosquitos, pulgas, piolhos e percevejos são alguns dos insetos conhecidos pelas suas picadas. No entanto, nenhum deles é venenoso.

Já os ácaros, aranhas e carraças, que também podem picar a afetar a nossa saúde e bem-estar, não são tecnicamente insetos.

Doenças Transmitidas por Insetos

teste zika

Zika

Transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, relações sexuais ou transfusão de sangue, esta doença viral pode causar febres severas e complicações neurológicas, principalmente em fetos. No entanto, raramente afeta crianças e adultos.

Uma mulher grávida com infeção por Zika pode transmitir a infeção ao bebé. Mesmo que a mãe não apresente sintomas ou tenha apenas sintomas ligeiros (por exemplo febre, erupção cutânea, dor nas articulações e olhos vermelhos), os bebés infetados podem manifestar defeitos congénitos no cérebro, incluindo uma cabeça anormalmente pequena (microcefalia).

Malária

Transmitida por mosquitos do género Anopheles, uma das cinco espécies de protozoários Plasmodium. A malária é uma doença parasitária grave que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Trata-se de uma infeção dos glóbulos vermelhos do sangue causada. Esta doença provoca febre, calafrios, sudorese, sensação de mal-estar geral e, por vezes, diarreia, dor abdominal, dificuldade respiratória, confusão e convulsões. Outras manifestações incluem aumento do baço, anemia (decorrente da degradação dos glóbulos vermelhos do sangue infetados) e, em algumas situações, danos no coração, cérebro, pulmões ou rins.

Normalmente, a malária propaga-se através da picada de mosquito fêmea infetado. As pessoas sofrem calafrios com tremores, seguidos de febre, e podem apresentar dor de cabeça, dores no corpo, náuseas e fadiga.

Doença de Lyme

Transmitida por diversas espécies de Borrelia, sobretudo pela Borrelia burgdorferi e, ocasionalmente, pela Borrelia mayonii – esta doença pode levar a sintomas como febre, fadiga e complicações neurológicas.

A maior parte das pessoas contrai a infeção ao frequentar áreas florestais onde a doença de Lyme é comum e ser picada por carraças infetadas. Normalmente, surge uma mancha vermelha considerável no local da picada, que aumenta gradualmente, muitas vezes circundada por vários anéis vermelhos.

A doença de Lyme, quando não tratada, pode provocar febre, dores musculares, articulações inchadas, anomalias no sistema de condução elétrica do coração e, por último, complicações relacionadas com o mau funcionamento do cérebro e dos nervos.

Febre Tifoide

Moscas e pulgas podem transmitir esta doença bacteriana que causa febre alta, dores abdominais e pode ser fatal se não tratada. A doença é desencadeada por determinadas estirpes da bactéria Gram-negativa Salmonella, manifestando-se geralmente através de febre elevada e dor abdominal.

A transmissão da febre tifoide ocorre frequentemente através do consumo de alimentos e água contaminada com fezes ou urina de uma pessoa infetada. Os sintomas iniciais assemelham-se aos da gripe, por vezes seguidos de delírio, tosse, exaustão e, ocasionalmente, erupção cutânea e diarreia.

Febre Amarela

A febre amarela é uma doença viral transmitida por mosquitos, que ocorre principalmente nas regiões tropicais. Está habitualmente limitada a áreas tropicais específicas da África Central, sul do Panamá e América do Sul.

Algumas pessoas infetadas com o vírus da febre amarela podem não manifestar sintomas ou apresentar apenas sintomas ligeiros. No entanto, outras relatam sintomas mais severos, incluindo pele amarela (icterícia), febre, dores de cabeça, dores musculares e sangramento. Embora exista uma vacina disponível para residentes em países endémicos e viajantes que se dirigem a áreas onde a febre amarela é comum, a prevenção de picadas de mosquitos é igualmente crucial. O tratamento é principalmente de apoio e inclui medicamentos para tratar ou prevenir o sangramento.

Leishmaniose

A leishmaniose é causada por vinte ou mais espécies de protozoários Leishmania. Manifesta-se através de diversos distúrbios que afetam a pele, as membranas mucosas do nariz, da boca ou da garganta, assim como órgãos internos, incluindo o fígado, o baço e a medula óssea.

Estes protozoários são geralmente transmitidos pela picada de mosquitos infetados. As manifestações da leishmaniose variam entre nenhum sintoma, sintomas leves ou ulceras na pele (leishmaniose cutânea). Também é possível o desenvolvimento de ulcerações no nariz, na boca ou na garganta, que podem resultar em deformações graves (leishmaniose mucosa), ou ainda febre, perda de peso, fadiga e aumento do tamanho do baço e do fígado (leishmaniose visceral).

A utilização de repelentes de insetos, mosquiteiros e roupas tratadas com inseticidas é uma forma de evitar picadas por mosquitos.

Dengue

A dengue é uma infeção viral disseminada por picadas de mosquitos. A versão mais grave da doença é conhecida como dengue hemorrágica, caracterizada por hemorragias e que pode ser fatal.

A doença é prevalecente nos trópicos e subtrópicos, como o sudeste da Ásia, Américas Central e do Sul e Caribe. Os sintomas incluem febre alta e calafrios, cefaleia, fortes dores no corpo e nos olhos e possíveis erupções cutâneas. É possível contrair dengue mais de uma vez.

A dengue hemorrágica, mais severa, afeta principalmente crianças com menos de 10 anos em regiões endémicas. Além dos sintomas típicos da dengue, pode manifestar-se através de sangramento pelo nariz, boca, reto e feridas perfurantes, dor abdominal, vómitos com sangue, presença de sangue nas fezes ou na urina, manchas roxas na pele devido a sangramento sob a pele e pressão arterial muito baixa.

Saiba como identificar picadas de insetos neste vídeo! Créditos: YouTube – @INCRIVEL_PT

Alterações Climáticas e Prevalência de Doenças

As alterações climáticas desempenham um papel significativo na disseminação de doenças transmitidas por insetos. O aumento das temperaturas e as mudanças nos padrões de chuva podem expandir as áreas propícias à reprodução de vetores, aumentando a incidência de doenças em regiões anteriormente menos afetadas.

mosquito na pele

Medidas Preventivas: Proteger a Saúde e o Ambiente

Implementar medidas preventivas significa que não só protege a sua saúde, mas também ajuda a preservar o ambiente. Um ambiente saudável é fundamental para uma melhor qualidade de vida. A prevenção de doenças transmitidas por insetos contribui para a construção de comunidades mais resilientes e sustentáveis.

Controlo de Vetores

A implementação de estratégias eficazes de controlo de vetores é essencial para mitigar a propagação de doenças transmitidas por insetos. Eliminar águas estagnadas, onde os mosquitos depositam os seus ovos, é uma prática crucial. A manutenção e limpeza de espaços públicos e privados, que evitam a acumulação de lixo, contribui significativamente para reduzir os locais propícios à reprodução de vetores.

Proteção Pessoal

A utilização de métodos de proteção pessoal é uma barreira eficaz contra as picadas de insetos.

Os repelentes de insetos mais usados contêm os seguintes ingredientes ativos:

– DEET (N,N-dietil-m-toluamida)

Este componente está presente em diversos repelentes e em várias formulações.

  • DEET a 23,8% proporciona uma proteção de aproximadamente 5 horas contra picadas de mosquitos.
  • DEET a 20% oferece uma proteção de quase 4 horas.
  • DEET a 6,65% proporciona uma proteção de quase 2 horas.
  • DEET a 4,75% é capaz de fornecer uma proteção de quase uma hora e meia.

– IR3535

 Ingrediente ativo derivado de produtos naturais e classificado como biopesticida.

  • IR3535 a 7,5% oferece uma proteção de aproximadamente 2 horas contra picadas de mosquitos.

– Outras medidas de proteção pessoal abrangem:

  • Uso de roupa de cores claras, manga comprida e calças compridas, especialmente durante atividades ao ar livre, de forma a minimizar a exposição da pele.
  • Limpeza e desinfeção dos espaços, em particular cozinhas.
  • Fecho de portas e janelas, principalmente ao entardecer.
  • Uso de mosquiteiros e roupas tratadas com inseticidas.

Educação e Consciencialização

A informação é uma excelente ferramenta na prevenção de doenças transmitidas por insetos. Programas educativos que destacam a importância do controlo de vetores, as doenças associadas e as práticas de proteção pessoal são muito importantes. A consciencialização da população sobre riscos e medidas preventivas pode levar a uma participação mais ativa na promoção de ambientes saudáveis.

Adaptação às Alterações Climáticas

A adaptação às alterações climáticas é uma necessidade cada vez mais premente. Adaptação essa que implica o desenvolvimento de políticas e práticas que levem em consideração as mudanças nos padrões climáticos. Por exemplo, projetar espaços urbanos que minimizem a formação de focos de vetores e implementar práticas agrícolas sustentáveis são formas de mitigar os impactos das alterações climáticas na propagação de doenças.

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Em muitos casos, quando nos apercebemos da presença de insetos, já estamos perante uma infestação significativa. Se se encontrar nesta situação, procure ajuda profissional para eliminar o problema e prevenir recorrências.

Proteja o seu bem-estar e o de todos ao seu redor! A ZeroPragas é especializada no controlo de pragas urbanas em Portugal. As nossas equipas são devidamente formadas e certificadas na prevenção e desinfestação de inúmeras espécies.

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Fontes:

IA Saúde

MSD Manuals